12ª ESTAÇÃO

JESUS MORRE NA CRUZ

CANTO

Por ladrões foi rodeado / E um perverso pareceu!
Tudo estava consumado, / Perdoando, então morreu! (Bis)  

REFLEXÃO

Tudo aconteceu direitinho. Como planejado. A notícia pode ser dada ao mundo. A humanidade fica, enfim, livre de Cristo, diria o repórter da Humanipress. No Céu, porém, outra notícia é dada pelo mensageiro de Deus: A humanidade é salva, definitivamente, por Cristo! Sempre, sempre, a diferença de critério. Sempre os homens continuam entendendo inversamente de Deus. Cristo morre na Cruz, satisfazendo assim todas as vontades. Não há exagero: todas as vontades foram mesmo satisfeitas. Vontade política: Pilatos, de mãos limpas, triunfante, continuaria no poder. Vontade religiosa: os doutores da lei continuariam sendo doutores. Vontade popular: o povo, pobre de sentido crítico, continuaria vivendo a  vidinha acomodada (Aquele negócio de fazer as obras de Abrão...). E, finalmente, a vontade de Deus: esta, sim, plenamente realizada. Apenas, como sempre, respeitados os critérios: os homens queriam o Cristo de fato MORTO, Deus queria os homens de fato VIVOS.

Segundo os homens, fim. Segundo Deus, o início de uma nova era, de vida e de liberdade. Naquela tarde, pois, o desfecho da História. As trevas cobriam certamente a face da Terra. A Luz ia morrer. A Vida caminhava para a morte. Cálice amargo aquele cálice! Onde estão os amigos? (“Um copo d’água dado de boa vontade não ficará sem recompensa" [cf. Mt 10,42]). Cristo tem sede. Espera o gesto mínimo. Experimenta a humanidade no último instante. Negação! Vinagre, não água, lhe é oferecido. Tudo está mesmo consumado. A frieza, a indiferença, a passividade, marcavam a participação humana no espetáculo. Com relâmpagos, com estrondos, com trevas, chorava a natureza. Na sua constante fidelidade ao Criador, ela respondia pelo homem ao AMOR INFINITO DE DEUS!

(Silêncio meditativo)

PRECE


Senhor Deus, nossa vontade não está educada para o amor. Nossa vontade tem sido simplesmente a nossa vontade. Que a morte de vosso Filho, que agora meditamos, seja a morte de nosso egoísmo, de nosso apego a nós mesmos e de tudo o que ainda nos escraviza. E que assim, libertados pela sua morte, com ele renasçamos para uma vida plena. Por Cristo nosso Senhor. Amém. 

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João de Araújo - 12ª ESTAÇÃO