JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES
CANTO
Para o externo estás voltado, / E o desejas, mundo ateu,
És fiel ao teu passado, / Que jamais a paz te deu! (Bis)
REFLEXÃO
Predestinado pelo Pai, desde o início, Senhor de tudo, decretada pelo Pai, nos confins da eternidade, sua realeza cósmica e celeste, Cristo agora é transformado pelos homens em SENHOR DO NADA. De nada, nem mesmo de suas vestes. Até estas já lhe sobravam. Não bastavam as bofetadas, as injúrias, os escarros, os insultos torpes, a injustiça oficializada, os desrespeitos de toda espécie. Na lista, para o perfeito massacre humano, ainda faltava atingir-lhe o pudor. Cristo é despido de suas vestes. Predestinado Senhor de tudo pelo Pai, desce a senhor do nada pelos homens. Torna-se Senhor do nada por nós! (Ó Senhor, se não estivesse chegando a vossa hora, até quando ficaríeis conosco? Até quando seríamos suportados? Eternamente, já sabemos! Pois eternamente nos amais! Oxalá tivéssemos um coração de carne para correspondermos a tão grande amor!)
Nesta estação nossos olhos se voltam também para a humanidade. E ei-la despida de valores verdadeiros! A ferocidade dos preços, da ganância, impede também que muitos se vistam com dignidade. E pior ainda: a nudez de espírito torna muitos corpos nus e oferecidos em prostituição barata. Corpos-coisa, corpos-nada, que se vendem a preço vil! Mergulhados nesta realidade humana, resta-nos olhar para o Calvário: Cristo é despojado de suas vestes para que a humanidade se revista de valores verdadeiros!
(Silêncio meditativo)
PRECE
Contemplai, ó Deus, o corpo quebrado de vosso Filho, o corpo dilacerado por amor, e refazei nele nossos corpos vencidos, para que, um dia sepultados, brotem, na paz, para a eternidade. Por Cristo vos pedimos. Amém.