SIMÃO, O CIRENEU, AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ
CANTO
Um estranho e já cansado / No cansaço me valeu,
Nem o amigo mais chegado / Foi pra mim um cireneu! (bis)
REFLEXÃO
O cansaço de Jesus certamente preocupava os guardas. Não, não podia ser. Ele tinha de chegar bem vivo ao Calvário. Se morresse no caminho, seriam frustrados os planos oficiais. Mas, o que fazer? A soldadesca não sabia exaltar o espírito de ajuda. E o momento não era para exaltar nenhuma virtude. Também as pessoas ali presentes, talvez, ajudassem por compaixão. A solução era, pois, obrigar um que chegasse. Obrigar, não pedir. Um que estivesse chegando e que, até então, podia estar indiferente ao que estava acontecendo.
O homem que chegava, que passava, era Simão, de Cirene. Um homem do trabalho, não um burguês. Um homem também cansado. Um homem do campo, não da corte. Um homem simples, pois a tarefa era também simples: carregar uma cruz. Os soldados obrigam, mas é Deus que chama. Deus quer a colaboração do fraco para o seu plano grandioso. Deus não quer que o cansaço do homem seja rótulo de isenção para o serviço fraterno. Simão, pois, ajuda. Cristo, fraternalmente, aceita. Aqui o divino é mais humano. E o humano se transfigura. No gesto de Simão, a mensagem para a nossa vida: a salvação é gratuita, sim, mas exige receptividade no amor. Exige coparticipação. E mais: quando é preciso, Deus requisita até corvos para levarem ajuda a alguém (cf. 1Rs 17,4.6).
(Silêncio meditativo)
PRECE
Senhor Jesus, nascestes do mistério profundo do Pai e ao mundo viestes como nosso irmão. Vivendo, ensinastes-nos a viver, e, morrendo, nos prometestes a verdadeira vida. Despertai, pois, em nós o verdadeiro espírito de serviço, espírito de amor, espírito de vida, para que o nosso trabalho, o nosso cansaço, não nos mergulhem na indiferença fraterna, mas antes sejam um passo a mais a serviço da redenção. Amém.