JESUS É PREGADO NA CRUZ
CANTO
O meu ser assim pregado/ Quis o Pai no plano seu,
Sou o Amor jamais amado, / A pasmar quem entendeu! (Bis)
REFLEXÃO
Tendo vivido por nós, para nós, só no amor, sendo amor, Cristo agora vai morrer entre dois malfeitores. Tudo bem programado, bem “bolado”. É a recompensa pelos seus gestos. É o que a nossa vida sempre oferece. Mas, suspenso do chão, do chão poluído pela maldade humana, Cristo já havia prometido atrair mais os homens. No alto da Cruz seria mais bem visto pela humanidade. No passado, em prefiguração, uma simples serpente de bronze, suspensa, fazia prodígios em benefício do povo de Deus, de Israel, como Deus havia ordenado. Aqui não se trata de imitação, de prefiguração. É o próprio Deus que se imola. Cristo, pois, é pregado na Cruz.
Os homens viam no fato o fracasso total de Cristo. Cristo via no mesmo fato o deslumbrar da libertação dos homens. De braços abertos é, pois, pregado na Cruz. Mas de braços abertos, Cristo abraça mais facilmente a humanidade. Toda a humanidade. Todo o universo. Gesto de dimensão cósmica! Braços abertos e mãos cravadas... Aqueles, como diz o poeta, para receber, para perdoar, para abraçar. Estas, cravadas, para não castigar! A cena, pois, se desenrola. Do outro lado da vida, nas trevas, uma cena oposta: muitos de braços cruzados! Hoje, agora, aqui, a mesma cena. A mesma crise de fraternidade. Cruzamos os braços, fechamos as mãos, e eis-nos cada vez mais agressivos! Os séculos se sucedem e quase nada aprendemos com a lição do Calvário!
(Silêncio meditativo)
PRECE
Ó Deus, que sempre estais pronto a nos ouvir, que a vossa bondade inspire a nossa vida, para que não descansemos na indiferença e na insensibilidade, mas antes caminhemos para o outro e, recebendo-o como irmão, vos encontremos como Pai. Por Cristo nosso Senhor. Amém.